O casamento na Era Viking era essencialmente um contrato entre duas famílias. Segundo o historiador Jesse Byock, o kostr (casamento) solidificava alianças grupais (vinfengi), evitava disputas e as temidas vinganças de sangue. O casamento de uma mulher solteira no mundo nórdico era obtido pela negociação entre as duas famílias a do futuro esposo e a do pai ou igual guardião da mulher. O kostr era organizado em duas etapas: o noivado e o matrimônio (brullaup). A iniciativa partia do noivo ou de seu pai, que realizava a proposta para o pai ou guardião da noiva. Se este último ficasse satisfeito, o pretendente prometia pagar um preço pela noiva (mundr). Na Islândia, o preço mínimo seria 8 onças de prata (1 onça: 28,349 g), na Noruega 12. Em troca, o pai da noiva prometia levar o dote (heimanfylgja) após o matrimônio. Tanto o pagamento pela noiva quanto o dote eram incorporados ao patrimônio da mulher. Os dois homens (o noivo e o guardião) apertavam as mãos em frente a duas testemunhas e marcavam a data para a celebração do matrimônio. O consentimento da mulher poderia ser consultado, mas geralmente isso não era necessário. Viúvas tinham mais liberdade e respeito que as mulheres solteiras. Mas nem a idade nem a falta de virgindade eram empecilhos para o casamento.
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