As  Brumas de Avalon  é um dos mais fantásticos épicos medievais alguma vez escrito, no qual Marion  Zimmer Bradley recria as lendas arturianas, desta vez narrado através do olhar  das mulheres que, por detrás do trono, governaram os próprios actos masculinos e  foram as verdadeiras detentoras do poder.
A  Rainha Suprema  é a belíssima Gwenhwyfar, que vive dividida entre a fidelidade que deve ao Rei  Supremo, o rei Arthur, com quem se casou, e a enorme paixão que sente por  Lancelet, cavaleiro invencível, capitão de cavalaria dos exércitos e o amigo  mais íntimo do seu marido. E não sabe, Gwenhwyfar, se é o respeito pelo  juramento que fez no dia do seu casamento ou o temor de pecar contra os  mandamentos de Cristo – de quem é fervorosa seguidora – ou ambos, o que a impede  de consumar por actos o que em pensamentos, não consegue evitar. É tão ardente o  seu desejo de que Cristo triunfe na Terra que não hesitará em persuadir o rei  Arthur a trair o juramento que fizera de lutar sob o estandarte real de  Pendragon, tudo fazendo para que a decisiva batalha contra os saxões seja  travada unicamente sob o estandarte da Cruz de Cristo, que ela mesma  bordou.
Mas  maior do que a angústia de uma paixão impossível é o sofrimento em que vive, por  não conseguir consumar o seu casamento oferecendo um filho ao rei. Nem os  mistérios insondáveis de Deus são conforto suficiente para tanta dor e  sofrimento.
E  é nesta angústia, ou, quem sabe, na secreta esperança de, sem pecar, poder  consumar a sua paixão ardente dando à luz um herdeiro ao reino, que a bela  Gwenhwyfar decide entregar-se nas mãos da Deusa. Mas, se são difíceis de  compreender os caminhos de Deus, o que poderá acontecer quando se procura  modificá-los com encantamentos e magias?
Neste  segundo volume da mítica saga As Brumas  de Avalon, Marion Zimmer Bradley continua a maravilhar-nos através de um  imaginário ancestral, de uma visão do mágico, do místico, do fantástico, de eras  perdidas do mito, só ao alcance dos grandes escritores.
By: difel.pt 
 
 
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