quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Piratas






Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.
Atualmente o termo é utilizado para se referir à cópia não-autorizada e à distribuição ilegal de material sob direito autoral, especialmente música, imagem, vestuário e software (warez).

História da pirataria:
O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades costeiras foi Homero, na Grécia antiga, na sua Odisseia. Os piratas são aqueles que pilham no mar por conta própria, embora hoje em dia este termo já seja aplicado a qualquer pessoa que viola alguma coisa (como por exemplo os piratas do ar ou os piratas informáticos).
Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas alheias, que pertencessem a simples mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras, capturando tudo o que tivesse valor (desde metais e pedras preciosas a bens) e fazendo reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes e ricas para que, assim, o pedido de resgate pudesse ser mais elevado.
Primeiramente a pirataria marítima foi praticada por gregos que roubavam mercadores fenícios e assírios desde pelo menos 735 a.C. A pirataria continuou a causar problemas, atingindo proporções alarmantes no século I d.C., quando uma frota de mil navios pirata atacou e destruiu uma frota romana e pilhou aldeias no sul da Turquia.
Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos (que atuavam principalmente nas ilhas britânicas, França e império germânico, embora chegassem mesmo ao Mediterrâneo e ao mar Morto), pelos Muçulmanos (Mediterrâneo) e piratas locais.
Mais tarde esta difundiu-se pelas colônias europeias, nomeadamente nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa que levasse riquezas das colónias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no século XVIII.

Desenho representando um pirata com tapa-olho, espada, perna de pau e um papagaio no ombro.
Do fim do século XVI até o século XVIII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção destes piratas. Muito deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra com a Espanha, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.
As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente muito democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.
Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.
No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam. Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas.
Desde aí a pirataria vem perdendo importância, embora em 1920 ainda tivesse a sua importância nos mares da China.
Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no Sudeste Asiático e ainda nas Caraíbas, sendo os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa com lanchas muito rápidas.

Portugal e a pirataria

Portugal corso
O corso português tornou-se comum no século XIV, altura em que D. Dinis contratou Manuel Pessanha, ficava com um quinto da riqueza dos barcos e com os navios e as armas destes. A partir de 1443 os corsos portugueses passaram o tributo, tal como pagavam a D. Dinis, de um quinto das pilhagens efectuadas ao Conde D. Henrique. Um dos principais objectivos dos portugueses era dominar o estreito de Gibraltar de modo a combater parte da pirataria e do corso sarraceno, assim como com o domínio deste espaço este se tornaria num importante entreposto comercial. O corso português destacou-se principalmente contra o reino de Granada, no sul de Espanha, enfraquecendo assim o domínio deste reino muçulmano na Europa.
Em 1446 reuniram-se as cortes em Lisboa, onde os mercadores algarvios, representados pelos armadores de Tavira queixaram-se das perseguições e pilhagens dos compatriotas armados lhes faziam a eles e aos aliados cristãos (castelhanos, galícios, aragoneses, entre outros), fazendo assim com que o Algarve perdesse a sua importância como ponto de cabotagem. Entre os corsos portugueses desta época destacaram-se Gonçalo Pacheco, Mafaldo, Lançarote etc.

Recompensas da Pirataria
Os piratas eram hábeis a recolher bens e riquezas espantosas nas suas incursões no oceano. As principais riquezas obtidas pelos piratas eram metais preciosos (ouro e prata), dinheiro, jóias e pedras preciosas. Mas a maioria pilhagens era feita aos mercadores, de quem roubavam linhos, roupas, comida, âncoras, cordas e medicamentos. A carga pilhada aos mercadores incluía artigos raros, tais como especiarias, açúcar, índigo e quinina.
Os tipos de bens pilhados variavam consoante os navios encontrados, assim, alguns piratas eram muito selectivos nos navios que atacavam, tendo a certeza de que o saque iria cobrir os riscos da batalha, logo também era importante escolher uma boa área para bater. Uma dessas áreas era o Spanish Main , como já foi referido anteriormente. Como se sabe, o tesouro espanhol ia frequentemente para Portobello para carregar os tesouros do Peru, que era duas vezes o rendimento do rei de Inglaterra, e muitas vezes incluía 25 milhões de pesos sob a forma de lingotes de prata e moedas.
Cada tripulante do navio recebia uma só parte do butim, com exceção ao capitão, que recebia uma parte e meia.
Escolher o navio certo e a carga certa para pilhar, era um dever essencial de todos os capitães pirata, desejando assim que não houvessem motins. Contudo, um ataque falhado a um navio prometedor, poderia também ter resultado num grande êxito, visto que a maioria da tripulação navegava para partilhar os bens roubados.
Outra preocupação era o verdadeiro método para dividir os tesouros pilhados. No código de conduta pirata , estava declarado como a pilhagens não eram divididas de igual forma. Por exemplo, algumas moedas, tais como pesos, eram cortadas para uma partilha mais exacta. Contudo, as jóias não eram fáceis de dividir. As provas deste processo de partilha são as marcas de facas marcadas em alguns tesouros pirata, expostos em museus por todo o mundo.
A idéia dos tesouros enterrados é um mito, que está maioritariamente em livros com histórias de piratas. O pirata com o qual começou este mito foi o Capitão Kidd. Contudo, é possível que alguns piratas tenham escondido os seus tesouros deste modo, grande parte do dinheiro foi gasto a procurá-lo, mas sem sucesso. A maior parte dos piratas eram extremamente gastadores e raramente acumulavam dinheiro suficiente para o enterrar ou esconder. Visto o perigo que estes viviam constantemente, estavam mais determinados em gastá-lo imediatamente que em guardá-lo para o futuro.

Lista de piratas
Klaus Störtebeker (corsário e pirata)
Anne Bonny (pirata)
Bartholomew Roberts (pirata)
Grace O'Malley (pirata)
Edward Teach – o "Barba Negra" (pirata)
Sir Francis Drake (corsário)
Henry Morgan (corsário e bucaneiro)
John Rackham (pirata)
L'Olonnais (bucaneiro)
Martin Tromp (corsário)
Mary Read (pirata)
Roc Brasileiro (bucaneiro)

By: Wikipédia

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