Ents, na obra de J.R.R.Tolkien, são uma raça de árvores humanóides da Terra-média. Aparentemente foram inspirados em árvores falantes que povoam histórias folclóricas de todo o mundo. Em O Senhor dos Anéis, é Barbárvore o Ent de maior destaque.
Etimologia:
A palavra ent vem do Anglo-Saxão, língua na qual significa gigante, retirada por Tolkien de fragmentos de poemas orþanc enta geweorc, "trabalho de gigantes habilidosos", e eald enta geweorc, "trabalhos antigos de gigantes". Esses fragmentos foram usados, num poema Anglo-Saxão, para descrever as ruínas de Roma. Se for considerado o sentido dessa palavra, os Ents são provavelmente as criaturas mais presentes na fantasia e no folclore, perdendo, talvez, apenas para os dragões. A palavra Ent, em seu uso histórico, pode referir-se a qualquer criatura grande e humanóide, incluindo gigantes, trolls, orcs, e até mesmo Grendel, do poema Beowulf. Os Ents, portanto, são um dos pilares da fantasia e mitologia, junto com magos, cavaleiros, princesas e dragões, ainda que não sejam chamados por seu nome tradicional.
Descrição:
Barbárvore, o mais velho Ent vivo, era descrito como "uma figura semelhante a um homem, quase semelhante a um troll, de pelo menos quatro metros e meio de altura, muito robusta, com uma cabeça alta e quase sem pescoço. Se estava coberta por alguma coisa semelhante a casca de árvore verde e cinzenta, ou se aquilo era seu couro, era difícil dizer. De quaquer forma, os braços, numa pequena distância do tronco, não eram enrugados, mas cobertos de uma pele lisa e castanha. Cada um dos pés tinha sete dedos. A parte inferior do rosto comprido estava coberta por uma vasta barba cinza, cerrada, quase dura como galhos na raiz, fina feito musgo nas pontas. Mas naquela hora os hobbits notaram pouca coisa além dos olhos. Uns olhos profundos, lentos e solenes, mas muito penetrantes. Eram castanhos, carregados de uma luz esverdeada."
Os Ents são uma raça antiqüíssima que apareceu na Terra-média junto dos Elfos. Aparentemente foram criados por Eru Ilúvatar, atendendo aos pedidos de Yavanna depois que ela soube que os Anões, crias de seu marido Aulë, precisariam derrubar as árvores que ela tanto amava. Os Ents foram então criados como Pastores das Árvores, para proteger as florestas dos Orcs, Anões e outros perigos. Embora fossem criaturas sensíveis desde seu despertar, eles não aprenderam a falar até serem ensinados pelos Elfos. Barbárvore afirma que foram os elfos que os curaram de seu silêncio, e que isso era um dom magnífico que não podia ser esquecido.
Ents são criaturas arvorescas, tornando-se de certa forma parecidos com as árvores das quais eram pastores. Variavam nas feições, em altura e tamanho, cor e número de dedos das mãos e dos pés. Estavam sujeitos às mesmas fraquezas mortais, como fogo ou algo maior que eles que os pudesse atingir. Um Ent assemelha-se em partes com a espécie de árvore que guarda. Por exemplo, Tronquesperto cuidava de sorveiras, e ele parecia com uma, alto e magro. Na Terceira Era da Terra-média, a floresta de Fangorn parecia ser o único lugar onde ainda haviam Ents, embora os Huorns, criaturas parecidas com os Ents, ainda habitassem outros lugares, como a Floresta Velha.
Barbárvore gabou-se da força dos Ents. Ele disse que eram muito mais fortes que os Trolls, criados por Morgoth como uma cópia dos Ents, mas que nem se aproximavam em poder. Ele comparou-os à imitação que Morgoth fez dos Elfos, os Orcs. Ents são capazes de quebrar rocha e pedra, e Tolkien descreve uma cena em que eles arremessam grandes rochas e quebram as muralhas de Isengard como migalha de pão.
Diferente dos Anões, os Entes não se preocupam em guardar sua própria língua como segredo. Conhecida como Entês, é muito longa e tediosa que nenhuma outra raça conseguia aprender.
O nome Élfico para a raça dos Ents era Onodrim, para um único Ent, Onod, e para muitos Ents, Enyd.
História:
Primeira Era
Quase nada é sabido da história primitiva dos Ents. Depois que os Anões foram adormecidos por Eru para que esperassem a chegada dos Elfos, Aulë disse a Yavanna, sua esposa que ama tudo aquilo que cresce na terra, que os Anões criados por ele precisariam de madeira, e para isso derrubariam suas amadas árvores. Depois disso, Yavanna recorreu a Manwë, Rei dos Valar, e apelou para que ele protegesse as árvores, e esse é o início da História dos Ents, os Pastores das Árvores. Barbárvore falou sobre uma época em que toda Eriador era uma floresta e parte de seus domínios, mas foi derrubada pelos Númenorianos da Segunda Era ou destruída pela guerra de Sauron e Elfos na Segunda Era, fatores esses corroborados por relatos de Elrond em Valfenda.
Entesposas
Costumava haver Entesposas, mulheres-ents, mas elas passaram a afastar-se dos Ents pois gostavam de plantar e controlar as coisas, ao passo que os Ents gostavam das coisas seguindo seu curso natural. Por isso elas passaram a habitar a região que seria mais tarde conhecida como Terras Castanhas, próximas ao Grande Rio, e os Ents visitavam-nas lá. As Entesposas, diferentemente dos Ents, interagiam com a raça dos Humanos e muito a ensinou sobre a arte da agricultura.
Aparentemente os Ents e as Entesposas tinham aparências diferentes, mostrando-se aí o dimorfismo sexual. Os Ents assemelhavam-se às árvores que guardavam nas florestas, como sorveiras e carvalhos, mas as Entesposas cuidavam da agricultura, e parece que assumiam formas parecidas com essas plantas. Barbárvore diz que, quando da última vez que viu as entesposas, elas "estavam curvadas e escurecidas devido ao trabalho; seus cabelos ficaram ressecados pelo sol, assumindo a tonalidade de trigo maduro, e suas faces ficaram como maçãs vermelhas".
As Entesposas viveram em paz até que seus jardins foram destruídos por Sauron, e elas desapareceram. Os Ents procuraram muito por elas, sem sucesso. Os Elfos costumavam cantar uma canção que fala sobre o reencontro de Ents e Entesposas. Em O Senhor dos Anéis, O Retorno do Rei, Barbárvore implora para que os Hobbits não se esqueçam de mandar notícias caso saibam sobre as Entesposas.
Em A Sociedade do Anel, Samwise Gamgee menciona que seu primo Hal diz ter visto um gigante arvoresco, que lembrava um olmo não só no tamanho mas na aparência, a norte do Condado. Durante a estadia com Barbárvore, em As Duas Torres, Merry e Pippin falam com ele sobre o Condado. Barbárvore diz que as Entesposas teriam gostado de lá. Essa afirmação, somada à visão do primo Hal de Sam, levou alguns leitores a especularem que as Entesposas podem ter vivido próximas ao Condado. O próprio Tolkien passou bastante tempo considerando sobre o que de fato aconteceu às Enteposas. Na sua carta de número 144 de As Cartas de J.R.R.Tolkien, ele diz: "Acredito que, na verdade, as Entesposas desapareceram para sempre; foram destruídas junto de seus jardins na Guerra da Última Aliança..."
Ao fim da estória, depois de Aragorn ser coroado rei, ele promete a Barbárvore que os Ents poderiam prosperar de novo e espalhar-se por novas terras sem a ameaça de Mordor, e retomar sua busca pelas Entesposas. No entanto, Barbárvore diz tristemente que as florestas podem até se multiplicar, mas não os Ents, e ele previu que os poucos Ents que restaram permaneceriam em Fangorn até que seu número diminuisse ou se tornassem "arvorescas".
Curiosidades:
Na primeira e mais antiga tradução da obra para o português, de Antônio Rocha e Alberto Monjardim, os Ents tinham o nome de Enidas, e as Entesposas foram chamadas de Enidamas.
By: Wikipédia
Etimologia:
A palavra ent vem do Anglo-Saxão, língua na qual significa gigante, retirada por Tolkien de fragmentos de poemas orþanc enta geweorc, "trabalho de gigantes habilidosos", e eald enta geweorc, "trabalhos antigos de gigantes". Esses fragmentos foram usados, num poema Anglo-Saxão, para descrever as ruínas de Roma. Se for considerado o sentido dessa palavra, os Ents são provavelmente as criaturas mais presentes na fantasia e no folclore, perdendo, talvez, apenas para os dragões. A palavra Ent, em seu uso histórico, pode referir-se a qualquer criatura grande e humanóide, incluindo gigantes, trolls, orcs, e até mesmo Grendel, do poema Beowulf. Os Ents, portanto, são um dos pilares da fantasia e mitologia, junto com magos, cavaleiros, princesas e dragões, ainda que não sejam chamados por seu nome tradicional.
Descrição:
Barbárvore, o mais velho Ent vivo, era descrito como "uma figura semelhante a um homem, quase semelhante a um troll, de pelo menos quatro metros e meio de altura, muito robusta, com uma cabeça alta e quase sem pescoço. Se estava coberta por alguma coisa semelhante a casca de árvore verde e cinzenta, ou se aquilo era seu couro, era difícil dizer. De quaquer forma, os braços, numa pequena distância do tronco, não eram enrugados, mas cobertos de uma pele lisa e castanha. Cada um dos pés tinha sete dedos. A parte inferior do rosto comprido estava coberta por uma vasta barba cinza, cerrada, quase dura como galhos na raiz, fina feito musgo nas pontas. Mas naquela hora os hobbits notaram pouca coisa além dos olhos. Uns olhos profundos, lentos e solenes, mas muito penetrantes. Eram castanhos, carregados de uma luz esverdeada."
Os Ents são uma raça antiqüíssima que apareceu na Terra-média junto dos Elfos. Aparentemente foram criados por Eru Ilúvatar, atendendo aos pedidos de Yavanna depois que ela soube que os Anões, crias de seu marido Aulë, precisariam derrubar as árvores que ela tanto amava. Os Ents foram então criados como Pastores das Árvores, para proteger as florestas dos Orcs, Anões e outros perigos. Embora fossem criaturas sensíveis desde seu despertar, eles não aprenderam a falar até serem ensinados pelos Elfos. Barbárvore afirma que foram os elfos que os curaram de seu silêncio, e que isso era um dom magnífico que não podia ser esquecido.
Ents são criaturas arvorescas, tornando-se de certa forma parecidos com as árvores das quais eram pastores. Variavam nas feições, em altura e tamanho, cor e número de dedos das mãos e dos pés. Estavam sujeitos às mesmas fraquezas mortais, como fogo ou algo maior que eles que os pudesse atingir. Um Ent assemelha-se em partes com a espécie de árvore que guarda. Por exemplo, Tronquesperto cuidava de sorveiras, e ele parecia com uma, alto e magro. Na Terceira Era da Terra-média, a floresta de Fangorn parecia ser o único lugar onde ainda haviam Ents, embora os Huorns, criaturas parecidas com os Ents, ainda habitassem outros lugares, como a Floresta Velha.
Barbárvore gabou-se da força dos Ents. Ele disse que eram muito mais fortes que os Trolls, criados por Morgoth como uma cópia dos Ents, mas que nem se aproximavam em poder. Ele comparou-os à imitação que Morgoth fez dos Elfos, os Orcs. Ents são capazes de quebrar rocha e pedra, e Tolkien descreve uma cena em que eles arremessam grandes rochas e quebram as muralhas de Isengard como migalha de pão.
Diferente dos Anões, os Entes não se preocupam em guardar sua própria língua como segredo. Conhecida como Entês, é muito longa e tediosa que nenhuma outra raça conseguia aprender.
O nome Élfico para a raça dos Ents era Onodrim, para um único Ent, Onod, e para muitos Ents, Enyd.
História:
Primeira Era
Quase nada é sabido da história primitiva dos Ents. Depois que os Anões foram adormecidos por Eru para que esperassem a chegada dos Elfos, Aulë disse a Yavanna, sua esposa que ama tudo aquilo que cresce na terra, que os Anões criados por ele precisariam de madeira, e para isso derrubariam suas amadas árvores. Depois disso, Yavanna recorreu a Manwë, Rei dos Valar, e apelou para que ele protegesse as árvores, e esse é o início da História dos Ents, os Pastores das Árvores. Barbárvore falou sobre uma época em que toda Eriador era uma floresta e parte de seus domínios, mas foi derrubada pelos Númenorianos da Segunda Era ou destruída pela guerra de Sauron e Elfos na Segunda Era, fatores esses corroborados por relatos de Elrond em Valfenda.
Entesposas
Costumava haver Entesposas, mulheres-ents, mas elas passaram a afastar-se dos Ents pois gostavam de plantar e controlar as coisas, ao passo que os Ents gostavam das coisas seguindo seu curso natural. Por isso elas passaram a habitar a região que seria mais tarde conhecida como Terras Castanhas, próximas ao Grande Rio, e os Ents visitavam-nas lá. As Entesposas, diferentemente dos Ents, interagiam com a raça dos Humanos e muito a ensinou sobre a arte da agricultura.
Aparentemente os Ents e as Entesposas tinham aparências diferentes, mostrando-se aí o dimorfismo sexual. Os Ents assemelhavam-se às árvores que guardavam nas florestas, como sorveiras e carvalhos, mas as Entesposas cuidavam da agricultura, e parece que assumiam formas parecidas com essas plantas. Barbárvore diz que, quando da última vez que viu as entesposas, elas "estavam curvadas e escurecidas devido ao trabalho; seus cabelos ficaram ressecados pelo sol, assumindo a tonalidade de trigo maduro, e suas faces ficaram como maçãs vermelhas".
As Entesposas viveram em paz até que seus jardins foram destruídos por Sauron, e elas desapareceram. Os Ents procuraram muito por elas, sem sucesso. Os Elfos costumavam cantar uma canção que fala sobre o reencontro de Ents e Entesposas. Em O Senhor dos Anéis, O Retorno do Rei, Barbárvore implora para que os Hobbits não se esqueçam de mandar notícias caso saibam sobre as Entesposas.
Em A Sociedade do Anel, Samwise Gamgee menciona que seu primo Hal diz ter visto um gigante arvoresco, que lembrava um olmo não só no tamanho mas na aparência, a norte do Condado. Durante a estadia com Barbárvore, em As Duas Torres, Merry e Pippin falam com ele sobre o Condado. Barbárvore diz que as Entesposas teriam gostado de lá. Essa afirmação, somada à visão do primo Hal de Sam, levou alguns leitores a especularem que as Entesposas podem ter vivido próximas ao Condado. O próprio Tolkien passou bastante tempo considerando sobre o que de fato aconteceu às Enteposas. Na sua carta de número 144 de As Cartas de J.R.R.Tolkien, ele diz: "Acredito que, na verdade, as Entesposas desapareceram para sempre; foram destruídas junto de seus jardins na Guerra da Última Aliança..."
Ao fim da estória, depois de Aragorn ser coroado rei, ele promete a Barbárvore que os Ents poderiam prosperar de novo e espalhar-se por novas terras sem a ameaça de Mordor, e retomar sua busca pelas Entesposas. No entanto, Barbárvore diz tristemente que as florestas podem até se multiplicar, mas não os Ents, e ele previu que os poucos Ents que restaram permaneceriam em Fangorn até que seu número diminuisse ou se tornassem "arvorescas".
Curiosidades:
Na primeira e mais antiga tradução da obra para o português, de Antônio Rocha e Alberto Monjardim, os Ents tinham o nome de Enidas, e as Entesposas foram chamadas de Enidamas.
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