quarta-feira, 26 de setembro de 2007

domingo, 23 de setembro de 2007

As Fadas – Antero de Quental (texto original)

As fadas…eu creio nellas!
Umas são moças e bellas,
Outras, velhas de pasmar…
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outra, á beira mar…

Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer…
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder…

O vestir…são taes riquezas,
Que rainhas, nem princezas
Nenhuma assim se vestiu!
Porque as riquezas das fadas
São sabidas, celebradas
Por toda a gente que as viu…

Quando a noite é clara e amena
E a lua vae mais serena, qualquer as pode espreitar, fazendo roda, occupadas
Em dobrar sua meadas
De ouro e de prata, ao luar.

O luar é o seus amores!
Sentadinhas entre as flores
Horas se ficam sem fim,
Cantando suas cantigas, fiando suas estrigas,
Em roca de oiro e marfim.

Eu sei o nome d’algumas:
Viviana ama as espumas
Das ondas nos areaes,
Vive junto ao mar, sósinha,
Mas costuma ser madrinha
Nos baptisados reaes.

Morgana é muito enganosa;
Ás vezes, moça e formosa,
E outras, velha, a rir, a rir…
Ora festiva, ora grave,
E vôa como uma ave.
Se a gente lhe quer bulir.

Que direi de Melusina?
De Titania, a pequenina,
Que dorme sobre um jasmim?
De cem outras, cuja glória
Enche as paginas da historia
Dos reinos de el-rei Merlin?

Umas tem mando noa ares;
Outras, na terra, nos mares;
E todas trazem na mão
Aquela vara famosa,
A vara maravilhosa,
A varinha de condão.

O que ellas querem, n’um pronto,
Fez-se alli! parece um conto…
Mesmo de fadas…eu sei!
São condões que dão á gente,
Ou dinheiro reluzente
Ou joias, que nem um rei!

A mais pobre creancinha
Se quis ser sua madrinha,
Uma fada…ai, que feliz!
Belleza, que é um portento…
Riqueza, que nem se diz…

Ou então, prendas, talento,
Sciencia, discernimento,
Graças, chiste, discrição…
Vê-se o pobre innocentinho
Feito um sábio, um adivinho,
Que aos mais sábios vae á mão!

Mas, com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas;
Quem as vê não hade rir.
Querem ellas que as respeitem,
E não gostam que as espreitem,

Quem as offende…Cautela!
A mais risonha, a mais bella,
Torna-se logo tão má,
Tão cruel, tão vingativa!
É inimiga agressiva,
É serpente que alli está!

E têm vinganças terríveis!
Semeiam cousas horríveis,
Que nascem logo do chão…
Linguas de fogo que estalam!
Sapos com azas, que falam!
Um anão preto! um dragão!
Ou deitam sortes na gente…
O nariz faz-se serpente,
A dar pulos, a crescer…
É-se morcego ou veado…
E anda-se assim encantado,
Enquanto a fada quizer!

Por isso quem por estradas
Fôr, de noite, e vir as fadas
Nos altos mirando o céo,
Deve com geito falar-lhes
Muito cortez e tirar-lhes
Até ao chão o chapéo.

Porque a fortuna da gente
Está ás vezes somente
Numa palavra que diz;
Por uma palavra, engraçada
Uma fada com quem passa,
E torna-o logo feliz.

Quantas vezes, já deitado,
Mas sem somno, inda acordado.
Me ponho a considerar
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um bello dia,
Me quizesse a mim fadar…

O que seria? um thesouro?
Um reino? um vestido de ouro?
Ou um leito de marfim?
Ou um palacio encantado,
Com seu lago prateado
E com pavões no jardim?

Ou poderia, se eu quizesse,
Pedir também que me desse
Um condão, para falar
A língua dos passarinhos,
Que conversam nos seus ninhos…
Ou então, saber voar!

Oh, se esta noite, sonhando,
Alguma fada, engraçando
Commigo (podia ser!)
Me tocasse da varinha,
E se fosse minha madrinha
Mesmo a dormir, sem a ver…


E que amanhã acordasse
E me achasse…eu sei? me achasse
Feito um príncipe, um emir!...
Até já, imaginando,
Se estão meus olhos fechando…
Deixa-me já, já dormir!


Estes versos foram escritos em Lisboa, para a collecção – Thesouro poetio da infancia, que o próprio autor coordenou. Foram lidos no dia immediato a João de Deus, “que delles se mostrou satisfeito”, como Anthero escrevia a um amigo, “Para mim, poeta de género apocalyptico, foi um verdadeiro tour de force”

sábado, 22 de setembro de 2007

Um conto de fadas


Um dos mais belos filmes sobre os contos de fadas...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Regras das Fadas




As Regras das fadas são as regras contidas no livro As Regras, em que todas as fadas do desenho animado Padrinhos Mágicos devem obedecer. Padrinhos Mágicos são fadas que são enviadas para crianças na Terra que estão com problemas sérios e muito tristes, para realizar os seus desejos. Todas as fadas e crianças, sem excepção, devem obedecer às regras no Grande Livro de Regras das Fadas, ou a criança poderá perder os seus Padrinhos Mágicos, e não se lembrará de que os teve.
E também há certos pedidos que não devem ser realizados. É muito raro uma criança conseguir ficar mais de um ano sem revelar a existência de seus Padrinhos, por isso, quando uma criança consegue ficar um ano inteiro com seus Padrinhos, ele ganha uma festa surpresa chamada Fadaniversário, e ganha um Bolinho Mágico. Quem comer esse bolinho pode fazer pedidos sem restrições, pode pedir o que quiser, menos um bolinho com gosto melhor. As fadas moram no Mundo das Fadas, que é ligada a Terra por um arco-íris. Geralmente as fadas têm problemas com os Duendes, pois eles querem dominar o Mundo das Fadas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Espíritos terra, água, fogo e ar





Espíritos da terra: Duendes, Gnomos e Trolls.

Espíritos da água: Ninfas e Duendes da Água.

Espíritos do fogo: Salamandras.

Espíritos do ar: Fadas e Sílfides.

domingo, 16 de setembro de 2007

Nome dado ás Fadas


Fair family / Fair Folk : Apelido galês.

Verry Volk-Gower: Apelido galês.

Fees: Apelido dado no norte de Inglaterra.

Good Neighbors:Apelido Escocés e Irlandês.

Wee Folk: Apelido Escocês e Irlandês.

The Green Children: Apelido dado na literatura medieval.

Still-Folk : Apelido da região montanhesa Escocesa.

fairys from froud

sábado, 15 de setembro de 2007

Fadas... (creio nelas)

Fadas... (creio nelas) - Hyubris

As fadas ...
São muito desconfiadas:
Quem as vê não há-de rir
Querem elas que as respeitem
e não gostam que as espreitem
Nem se lhes há-de mentir
Quem as ofende... cautela!
A mais risonha, a mais bela
Torna-se logo tão má
Tão cruel, tão vingativa
É inimiga agressiva
É serpente que ali está
E têm vinganças terríveis
Semeiam coisas horríveis
Que nascem logo do chão
Línguas de fogo, que estalam
Sapos com asas, que falam...
Quantas vezes já deitado
Mas sem sono, inda acordado
Me ponho a considerar
Que condão eu pediria
Se uma fada, um belo dia
Me quizesse a mim fadar
O que eu seria?
As fadas... creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras pelos arvoredos...
Riem e cantam à beira do mar
Algumas em fonte fria
Escondem-se enquanto é dia
Saem só ao escurecer
Outras, debaixo da terra
Nas grutas verdes da serra
É onde se vão esconder
O vestir... são tais riquezas
Que rainhas nem princesas
Nenhuma assim se vestiu
Porque as riquezas das fadas
São sabidas e celebradas
Por toda a gente que as viu
Quando a noite é clara e amena
E a lua vai mais serena
Qualquer um... as pode espreitar




quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sonho de uma Noite de Verão





















If we shadows have offended,

Think but this, and all is mended,

That you have but slumbr'd here,

While these visions did appear.

And this weak and idle theme,

No more yielding but a dream,

Gentles, do not reprehend:

If you pardon, we will mend.

And, as I am an honest Puck,

If we have unearned luck

Now to scape the serpent's tongue,

We will make amends ere long;

Else the Puck a liar call:

So, good night unto you all.

Give me your hands, if we be friends,

And Robin shall restore amends."
- Puck -

(A Midsummer Night's Dream by William Shakespeare)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

domingo, 9 de setembro de 2007

A Criança Que Pensa Em Fadas

"A CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer."


Fernando Pessoa

http://www.fairiesworld.com/fairy-names.shtml

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Quem são as fadas...

"A fada é um ser mitológico, característico dos mitos célticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.
As fadas também são conhecidas como sendo as fêmeas dos elfos. O termo incorporou-se a cultura ocidental a partir dos assim chamados "contos de fadas". Nesse tipo de história, a fada é representada de forma semelhante a versão clássica dos elfos de J.R.R. Tolkien, porém apresentando "asas de libélula" as costas e utilizando-se de uma "varinha de condão" para realizar encantamentos.
Dependendo da obra em que aparece, a fada pode ser retratada em estatura de uma mulher normal ou diminuta. No primeiro caso, temos a fada de Cinderela. Como exemplo da segunda representação podemos citar "Sininho", do clássico infantil "Peter Pan", de J. M. Barrie." Wikipédia